Mirante Digital: Praça do Papa
1. Praça Israel Pinheiro - A Praça do Papa
A Praça Israel Pinheiro é uma importante praça localizada no bairro das Mangabeiras, na cidade de Belo Horizonte. Situa-se próxima à base da Serra do Curral, a mais de 1100m de altitude.
O nome ‘‘Praça do Papa’’ se deu a partir da visita a Belo Horizonte pelo Papa João Paulo II, quando nesta praça foi realizada missa campal pelo mesmo. Três anos depois, após a reurbanização desta praça, construiu-se ali o
‘‘Monumento a Paz’’, em homenagem a visita do Papa e de autoria de Ricardo Carvão Levy. O obelisco tem dois triângulos opostos: um apontado para cima, que significa a fé em Deus, e o outro apontado para baixo, significando a bênção que vem de Deus. A parte que divide os dois simboliza o elo, a paz celestial. Ao lado da escultura está uma cruz, outro símbolo religioso da fé católica.
O local tem sido palco privilegiado para grandes encontros religiosos e espetáculos culturais. A praça também é famosa por reunir turistas, vendedores ambulantes e moradores da cidade.
2. Serra do Curral
A Serra do Curral integra o maciço da Serra do Espinhaço, fazendo um limite natural de aproximadamente 20 Km de extensão, entre os municípios de Belo Horizonte e de Nova Lima. Seu nome alude a Curral del Rei, primitiva designação da localidade onde foi erigida em 1897 a capital de Minas Gerais, Belo Horizonte. Sua flora é bastante diversificada, variando, em gradientes, de áreas de campo rupestre (cotas mais altas), passando pelo cerrado até remanescentes da Mata Atlântica. Sua altitude média varia de 1.100 a 1.350 metros, sendo que o ponto culminante se encontra no Pico Belo Horizonte a uma altitude de 1.390 metros.
Tombada pela Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ela é o marco geográfico mais representativo da região metropolitana de Belo Horizonte.
3. Ladeira do Amendoim
A Rua Professor Otávio Coelho Magalhães , a popular Rua do Amendoim é um famoso ponto turístico da cidade de Belo Horizonte. Nesta, ao deixar um carro desligado no meio da rua, ao invés deste descer, ele parece subir a ladeira.
O mistério se resolve pela ilusão de ótica. O movimento que parece subida é na verdade uma descida. Em geral, olha-se a Rua do Amendoim a partir da sua transversal, a Rua Juventino Dias. Tem-se a impressão de que ela é inclinada porque a Juventino é uma rampa acentuada, levando o espectador a um engano de perspectiva.
4. Bairro das Mangabeiras
Situado ao pé da Serra do Curral, na zona Centro-Sul de Belo Horizonte, este bairro deve seu nome ao Córrego das Mangabeiras, soterrado pelas obras de arruamento do bairro, cuja calha é hoje a rua Professor Lair Rennó Remusat. Lá se encontra o Palácio das Mangabeiras, residência oficial dos governadores de Minas. Tal edificação foi construída durante o governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira, segundo projeto de Oscar Niemeyer e jardins de Roberto Burle Marx.
O bairro foi projetado e desenvolvido na década de 60 pela CODEURBE, sociedade de economia mista municipal, utilizando terrenos pertencentes à antiga FERROBEL, mineradora também pertencente ao município. O apelo de sofisticação que o nome do bairro exerce faz com que bairros vizinhos sejam extensivamente designados como sendo também parte deste, mas os seus limites são a referida Serra do Curral, a Avenida das Agulhas Negras, a Avenida Bandeirantes e a área do Parque das Mangabeiras. Tem como característica a destinação exclusiva para residências unifamiliares, vetadas as atividades comerciais, industriais e de serviços.
5. Belo Horizonte
Belo Horizonte é a capital do estado de Minas Gerais, Com uma área de aproximadamente 331,401 km2 e população aproximada de 2.375.151 (IBGE, 2014).
Belo Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da ONU, como a metrópole com melhor qualidade de vida na América Latina e a 45ª entre as 100 melhores cidades do mundo. Hoje a cidade tem o quinto maior PIB entre os municípios brasileiros, representando 1,33% do total das riquezas produzidas no país.
Sua sede municipal conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Museu de Arte da Pampulha, o Museu de Artes e Ofícios, o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, o Circuito Cultural Praça da Liberdade, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Mercado Central e a Savassi; além de eventos de grande repercussão, como o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH), Festival Internacional de Curtas e o Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa. É também nacionalmente conhecida como a ‘‘capital nacional dos botecos", por existirem mais bares per capita do que em qualquer outra grande cidade do Brasil.
6. Vista de Belo Horizonte a partir do Parque Municipal das Mangabeiras
Encravado na Serra do Curral, o Parque Municipal das Mangabeiras é um dos maiores e mais belos redutos ecológicos de Belo Horizonte. Está instalado em área que, na década de 1960 pertencia a empresa Ferro Belo Horizonte S/A, Ferrobel, para a exploração de minério de ferro. Implantado em 1974, teve projeto paisagístico assinado por Roberto Burle Marx, constituindo-se, atualmente, na maior área verde da cidade.
Sua área compreende 2,8 milhões de metros quadrados em uma altitude que varia entre 1.000 a 1.300 metros. O clima é ameno. Lugar para descanso, lazer e esportes, o Parque das Mangabeiras recebe cerca de 30 mil pessoas por mês. Os visitantes podem usufruir de recantos naturais, quadras de peteca, tênis e poliesportivas, pista de skate, brinquedos e atividades culturais. E tem ainda quiosques, quadras poliesportivas, brinquedos para crianças e arenas para shows e teatros.
7. Parque Municipal de BH
O Parque Municipal Américo Renné Giannetti localiza-se no hipercentro de Belo Horizonte. O espaço foi inaugurado em setembro de 1897 e tem 180 mil metros quadrados de vegetação, tornando-se um refúgio para fauna silvestre.
O parque é um patrimônio da cidade, charmoso, ele remete aos jardins franceses. O projeto inicial foi elaborado pelo arquiteto-jardineiro , Paul Vilon, e reúne coreto, orquidário, monumentos, teatro de arena, Teatro Francisco Nunes, Mercado das Flores, entre outras tantas atrações.
Conta, ainda, com quadra de tênis, pistas de patinação e de cooper, aparelhos de ginástica, bar, lanchonete, sanitários, administração e guaritas, lagos com barcos a remo e pedalinhos, bosques, caminhos, trilhas e recantos diversos com bancos e jardins.
8. Jardim Botânico do Museu de História Natural da UFMG
Situado em uma área de 600 000 m2, o Jardim Botânico do Museu de História Natural da UFMG é um importante espaço de preservação da biodiversidade, uma vez que abriga inúmeras espécies da fauna e flora brasileiras. Aberto à visitação pública, ele oferece diversas opções de lazer, cultura e aprendizado pelo contato direto com a natureza e com todos os benefícios por ela gerados. Além disso, é responsável não só pelo levantamento e preservação das espécies botânicas locais mas também pela venda orientada de mudas.
O Jardim Botânico foi criado simultaneamente ao Museu de História Natural da UFMG. A intenção era aproveitar a vegetação do antigo Instituto Agronômico e preservar a mata a através da criação de um ambiente de lazer e saber ecológico aberto ao público e à pesquisa.
A área verde do Instituto Agronômico compunha-se de duas reservas - uma natural e uma artificial. A primeira era constituída de inúmeros exemplares vegetais - entre outros, jacarandás e copaíbas - da antiga Fazenda Boa Vista.
9. Estação Ecológica da UFMG
A Estação Ecológica UFMG é uma unidade de conservação, pesquisa e educação ambiental dentro do campus da Universidade Federal de Minas Gerais. Ela atua como parque e escola, oferecendo aos seus visitantes atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de ser uma opção saudável para a realização de caminhadas e de lazer contemplativo.
10. Serra da Piedade
A Serra da Piedade forma a extremidade oriental do conjunto da Serra do Curral; nas palavras de Burton, ‘‘a enorme Serra da Piedade se curva, para encontrar a do Curral’’. A história da serra está estreitamente ligada às lendas que povoavam o imaginário dos portugueses e dos bandeirantes paulistas. Uma dessas lendas dizia respeito à existência de uma serra misteriosa que resplandecia aos raios do sol, denominada pelos índios de Itaberabuçu (Ita = pedra; bira = reluzente; uçu = grande). A lenda da montanha resplandecente vivia na imaginação dos portugueses desde 1600 e, para Vasconcellos (1946), estimulou várias expedições aos sertões que tomavam diferentes caminhos, podendo-se citar, dentre outras, a expedição de Fernão Dias Paes Leme, que acabou por fixar-se na Quinta do Sumidouro em Lagoa Santa.
Pertencente a região metropolitana de Belo Horizonte, sendo continuidade da Serra do Curral, e conformando-se em divisa natural dos Municípios de Sabará e Caeté. Com aproximadamente 20 km de extensão, sua altitude chega aos 1700 metros de altura, sendo por isso os ventos constantes na região e apresentando formação de geada durante o inverno.
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Curadoria Digital: Helio Martins
Textos: Thais Pacheco
Imagens: Bruno Senna, Helio Martins - Raw Filmes
Interpretação da paisagem: Doutora Jeanne Cristina Menezes Crespo
Ilustrações: Leandro Moraes - Estúdio Caraminholas
Música: Sergio Pererê
Coordenação Geral: Renato Ciminelli - Presidente do Instituto Quadrilátero / Geopark