Mensagem do Presidente
Esta mensagem é um convite para que você conheça com detalhes nosso trabalho e identifique projetos, regiões, formas e dinâmicas em que possa eventualmente se engajar no fortalecimentos da missão, objetivos e ambições do Geopark Quadrilátero.
Visite nosso portal www.geoparkquadrilatero.org e faça este primeiro voo sobre as serras e territórios onde atuamos mais intensamente numa primeira fase do programa.
O Geopark pode ser apresentado ou entendido, em múltiplas dimensões, como um instrumento de diálogo entre as as lideranças, atores e comunidades representativas do território, como um movimento coletivo inspirador de novos futuros, mais justos e sustentáveis, como um Programa e Agência Não Governamental que lidere projetos integrados e cooperativos de desenvolvimento micro-regional e municipal.
Esta revista digital "Geopark - Um Voo sobre o Quadrilátero", onde esta mensagem se insere, se propõe a apresentar de forma inovadora os territórios e municípios ao longo das Serras do Curral, Calçada, Rola Moça, Moeda e Ouro Branco, negociados com a UNESCO, como foco preferencial de atuação do Geopark numa primeira fase. Sem a pretensão de exaurir o tema, esta publicação se consolida como uma plataforma livre e diversificada de conteúdos sobre os atrativos destas regiões, aberta a contribuições e participação de governos locais, comunidades organizadas e associações profissionais, entre outras.
O Geopark Quadrilátero escolheu a Região do Alto Paraopeba para lançar sua plataforma de governança de futuro, participando ativamente da composição do CEDECAP - Conselho Estratégico de Desenvolvimento Econômico do Alto Paraopeba, e fortalecendo sua carteira de projetos cooperativos com o CODAP - Consórcio Público de Desenvolvimento do Alto Paraopeba, Prefeitura de Ouro Branco e Parque Estadual da Serra de Ouro Branco.
Contamos com seu apoio na divulgação e promoção do Geopark e de seus desafios de agregar aos territórios do Quadrilátero visões de sustentabilidade, qualidade de vida, justiça social, diversificação econômica, preservação e valorização da riqueza cultural, histórica e geocientífica.
Renato Ciminelli,
Presidente do Comitê Gestor
O que nos Constrói?
Em busca dessa resposta, percorremos as nove cidades abordadas nessa publicação, procurando assim entender, nos dias de hoje, o real efeito de tanta história agregada no território do Geopark.
Uma história que nasce há 2,2 bilhões de anos, junto com a formação do planeta que hoje conhecemos. A partir dessa época, muita coisa aconteceu.
O solo se assentou, dando forma as nossas montanhas. Nelas, começou a surgir vida, no solo já aquietado e nas águas que começavam a brotar.
Muito tempo se passou, a vida também evoluiu.
Nós humanos nos utilizamos desse território de diversas formas e agregados a isso, fomos dando novos caminhos a essa história, que começavam a construir o que hoje conhecemos como Minas Gerais, que entendemos como nós mesmos.
Nossos antepassados pré históricos por aqui passaram e deixaram as suas marcas artísticas, como as pinturas rupestres da Serra da Calçada e os artefatos que ainda hoje são encontradas por arqueólogos em diversas cavernas e grutas por todo o Quadrilátero.
Assim começava aqui a mineração, com a retirada de minerais para a produção de pigmentos usados nessa primeira documentação histórica e na produção de ferramentas para a caça e demais funções.
Nossas montanhas a essa altura já serviam de caminho, nossas cavernas, de abrigo. Nossos picos, de localização. Daqui, desde sempre, é retirada a nossa subsistência, seja no solo ou nas águas.
Outros milhares de anos se passaram e com eles a evolução nos deu o que conhecemos como os indígenas, que a essa altura já tinham novas maneiras de viver, de se alimentar. Eles já utilizavam novas formas de arte, novas ferramentas, como os vestígios de cerâmica que serão apresentados a você aqui, nessa publicação.
Outros muitos anos depois, os homens, que já navegavam pelos continentes, descobriram riquezas nesse território. Os portugueses, que com eles trouxeram os africanos e indígenas de outras regiões do país. Os espanhóis, os ingleses, os alemães. São muitas contribuições vindas de várias partes do mundo, desde a forma de se alimentar, das novas artes, das tecnologias, dos credos e tantos outros que traçam além de nossa cultura, os nossos próprios rostos, gostos, língua, a propensão pela pesquisa científica, a visão de futuro que nos é herança de tantas lutas e esperanças.
As Vilas antigas, a religiosidade com suas inúmeras igrejas, cultos e celebrações. As “vendinhas”, o tempero marcante, o passeio na praça, a receptividade, o “ali de mineiro”, que aproxima a tudo, estão presentes e evidentes em cada canto, transformando além da nossa paisagem, a nossa identidade cultural, tão reconhecida por todo o país e porque não, pelo mundo.
Tudo isso é intrínseco ao nosso famoso “jeitinho mineiro”. É especial ao “jeitinho mineiro do quadrilátero”.
A partir de agora, temos o imenso prazer de apresentar alguns desses valores em uma narrativa lúdica e de fácil compreensão, para que você leitor, possa conhecer e entender um pouco mais dessa cultura, pois entender o ontem é também entender o hoje, e nos preparar para o futuro. E nada melhor que conhecer as nossas riquezas para nos ajudar a preservá-las.
Seja bem vindo ao quadrilátero ferrífero.
Será um prazer nos apresentar.
Um abraço cordial;
Helio Martins.
Mineiro do Quadrilátero e
Curador do projeto “Um voo sobre o Geopark”.
UM VOO PELAS SERRAS
O nosso voo por uma parte do território do Geopark, decola na Serra do Curral, passando pelas serras do Rola Moça, da Calçada, seguindo o sinclinal da Serra da Moeda, a serra do Ouro Branco e, por fim, pousa no Pico do Itacolomi.
Por esse voo, conheceremos fatores fora do caminho convencional, procurando trazer a você, nosso companheiro de bordo, um novo ponto de vista sobre os nossos valores, em diversas formas de conhecer o que constrói o Geopark.
TEMAS EM NOSSA VIAGEM
Clique sobre o assunto escolhido para ser redirecionado ou simplesmente deslize pelas páginas.
MIRANTES DIGITAIS
Onde houver esse ícone, quer dizer que por ali há uma interpretação completa da paisagem para você conhecer melhor o que está sob seus olhos, digital ou presencialmente.